É um recorde absoluto. O “Presépio a 7 Artes”, patente na Sala Gótica dos Paços do Concelho, recebeu mais de 12 mil visitantes, em apenas 10 dias. E se a maior parte das pessoas aproveita o fim de semana para ver in loco o maior símbolo da quadra natalícia, a verdade é que, diariamente, são dezenas os visitantes que entram na Sala Gótica, entre os quais centenas de forasteiros, muitos deles vindos da vizinha Espanha.
Inaugurado no final de novembro, este presépio ostenta peças criadas por 50 artesãos de Barcelos, representativas das várias artes e ofícios populares do território do concelho.
Montado pelo terceiro ano consecutivo, o presépio não deixa ninguém indiferente tanto pela sua dimensão e enquadramento, como pela quantidade e diversidade artística das peças que o compõem.
No texto de apresentação da iniciativa, lê-se que este presépio é “uma expressão artística que representa o nascimento de Jesus, cuja construção remonta a séculos e está profundamente enraizada na cultura popular e religiosa de Portugal. A diversidade e os estilos dos presépios refletem as tradições locais e as artes e ofícios das diferentes regiões do país”.
Composto por cerca de uma centena e meia de peças, este presépio pretende dar a conhecer a capacidade criativa dos artesãos de Barcelos, nas suas distintas artes constituindo um “retrato da vida quotidiana popular de um passado não muito longínquo, porém profundamente marcado pela expressão característica do Minho e das suas gentes, mas, mais do que isso, reflete um sentimento coletivo de outros tempos e momentos de uma identidade e de um imaginário local”.
Barcelos, que ostenta o título de cidade criativa da UNESCO, é um território particularmente fértil nas artes e ofícios tradicionais, sendo o presépio uma das criações mais relevantes do figurado local. Neste contexto, o “Presépio a 7 Artes”, além do simbolismo que encerra, é também uma homenagem e um elogio ao artesanato local, não só patente nas produções barristas, mas também nos trabalhos em madeira, ferro, cestaria, bordado de crivo e em expressões de artesanato contemporâneas, caso da pasta de papel.
Neste presépio, encontram-se criações de: (por ordem alfabética): Agostinho Coelho, Alberto Pinto; Ana Baraça; António Ramalho; António Salgueiro; Bernardino Coelho; Carlos Dias; Carolina André; Cidália Trindade; Conceição Messias; Conceição Sapateiro; Daniel Alonso; Domingos Ferreira; Domingos Mistério; Eduardo Barbosa; Eduardo Pias e Jesus Pias; Ermelinda Araújo; Fernando Baraça; Fernando Morgado; Fernando Russo; Inês Machado; Irene Salgueiro; Irmãos Baraça; Irmãos Mistério; João Ferreira; João Rêgo; Joaquim Esteves; Joaquim Messias; Joaquim Pinto; Júlia Côta; Júlia Martins; Júlia Ramalho; Júlio Alonso; Júlio Martins Ferreira; Laurinda Pias; Lourdes Ferreira; Luísa Pereira; Manuel Carvalho; Manuel Macedo; Maria Sineta; Mina Gallos; Nelson Oliveira; Prazeres Côta; Renato Mendanha; Rosa Côta; Rosa Portela; Rosa Ramalho; Telmo Macedo; Teresa Ramalho.
O presépio pode ser visitado na Sala Gótica dos Paços do Concelho, de segunda a quinta, das 9h00 às 17h00. Às sextas das 9h00 às 17h00 e das 21h00 às 24h00, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h00, das 14h00 às 19h00 e das 21h00 às 24h00.