A inauguração realizou-se no dia 12 de Setembro, com a presença da vereadora do Pelouro da Cultura, Maria Elisa Braga, que considera esta exposição “um enorme desafio”, à própria Galeria e ao público barcelense, dada a singularidade formal das obras e o seu conteúdo estético – um apelo à reflexão do nosso espaço mais íntimo, que é, afinal, um apelo à reflexão de nós mesmos na vivência quotidiana.
Marta Almeida, curadora de Serralves, disse quer a montagem da exposição “correu com enorme tranquilidade”, graças ao apoio e disponibilidade do Pelouro da Cultura do Município de Barcelos, afirmando que esta mostra inaugura um novo programa de exposições itinerantes da Fundação de Serralves.
Todos os painéis da sala foram retirados e as persianas corridas para que a casa instalada na Galeria seja vista de fora e dela se veja para fora, numa “comunhão com a cidade”. Quem visitar a exposição terá a oportunidade de percorrer um imaginário em que a casa é o centro das preocupações dos artistas. E as casas deles passam a ser a nossa casa.
Quanto aos trabalhos, Marta Almeida explicou o período azul de Patrícia Garrido; a casa-pátio de Fernanda Fragateiro; a pintura de Gil Heitor Cortesão; as paisagens periferias de Luís Palma; a assemblagens de Tony Gragg; as marquises de Ângela Ferreira; os painéis de Gordon Matta-Clark e de Martha Rosler; as cores únicas de grandes fabricantes de máquinas fotográficas de Christopher Williams, representadas em ambiente do quotidiano.
A inauguração incluiu ainda a performance “On Glass”, do Srosh Ensemble (com Gustavo Costa e Henrique Fernandes), um coletivo de músicos e artistas relacionados com a música experimental e que nesta performance mostraram processos de obtenção de novas sonoridades a partir de objetos comuns.
A exposição pode ser vista todos os dias, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 e tem entrada livre.