Num documento entregue ao Presidente da Câmara, os alunos afirmam que “o direito ao ensino público, gratuito e de qualidade é constantemente violado pelo governo, com os cortes no financiamento de 1.125 milhões”. Estes cortes “refletem-se todos os dias na vida dos estudantes”, como por exemplo: “o fim do passe escolar, o aumento dos transportes, dos materiais e manuais escolares, a degradação das escolas, obras paradas, a obrigatoriedade da primeira fase dos exames, o aumento de alunos por turma, os mega agrupamentos, falta de professores e funcionários”. Por isso, “milhares de estudantes põem em causa a sua permanência nas escolas porque não têm dinheiro para o crescente aumento das despesas”.
O governo, dizem ainda os estudantes, “quer agora cortar ainda mais quatro milhões de euros nas funções sociais do estado, ou seja, mais cortes na educação”.
O Presidente da Câmara manifestou compreensão pelas “preocupações legítimas” dos estudantes e pelas suas reivindicações, afirmando que o atual executivo municipal faz uma aposta clara na educação, quer através das suas competências ao nível do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo, quer através dos apoios diversificados aos outros níveis de ensino.
Miguel Costa Gomes prometeu fazer chegar ao Conselho Municipal da Educação e aos responsáveis governamentais o documento com as preocupações dos estudantes, deixando aos jovens a mensagem de que a educação é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e mais equilibrada e, apesar das dificuldades atuais, há que manter esperança num futuro melhor.