Segundo o protocolo de colaboração estabelecido entre aquelas entidades, e aprovado na reunião do Executivo Municipal no passado dia 30 de Dezembro, compete ao Município de Barcelos “zelar pelos referidos monumentos (…), promovendo, nomeadamente, as necessárias operações de manutenção, limpeza e preservação”.
Com este acordo, concretizam-se as condições para uma efectiva valorização do importante sítio arqueológico do Monte da Saia e o reconhecimento do papel da Arqueologia na cultura e na sociedade barcelenses.
O “Forno dos Mouros” e a “Laje dos Sinais” foram adquiridos pelo arqueólogo Francisco Martins Sarmento em 1898, sendo doadas à Sociedade por testamento do seu patrono. São ambos monumentos de interesse público pelo Decreto n.º 38:147, de 5 de Janeiro de 1951. Seis décadas depois o Município de Barcelos tem uma palavra a dizer na preservação destes monumentos e na sua divulgação, resgatando-os do esquecimento a que estavam votados.
Há poucos estudos sobre estes monumentos. Alguns especialistas situam a sua origem na Idade do Bronze, havendo entre os dois uma relação de complementaridade – ambos cumpririam rituais de cariz religioso. Neste caso, o Forno e a Laje integrariam um conjunto arqueológico mais vasto no Monte da Saia.