O presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, explicou em conferência de imprensa todo o processo de reavaliação da situação do edifício. No início da reunião extraordinária do condomínio, realizada no dia 16, numa sala do último andar do edifício Panorâmico, Miguel Costa Gomes pediu desculpa aos moradores do edifício Panorâmico pela ligeireza na decisão de evacuação do prédio, manifestando todo o empenho no regresso das famílias às suas casas.
Chega assim ao fim o impasse em torno do regresso das famílias ao Bloco 1 do prédio em Arcozelo, depois de o presidente da Câmara de Barcelos ter encetado, a partir de 2009, quando foi eleito, um diálogo com todas as partes envolvidas no complexo e delicado dossier herdado do anterior executivo, nomeadamente moradores, construtor e técnicos.
Miguel Costa Gomes congratula-se com a “solução técnica encontrada” para o Edifício Panorâmico, por ser “a mais justa, eficaz e segura, não acarretando também despesa para o Município e para os moradores”. Mas, mais importante ainda, acrescenta o presidente da Câmara, “põe fim à angústia das famílias, reagrupando-as e restituindo-lhes a segurança e o conforto do lar, em especial nesta época natalícia”.
A Câmara vai limpar as partes comuns exteriores e interiores do edifício, assim como executar trabalhos de serralharia e carpintaria. As portas das fracções e das zonas comuns já foram inspeccionadas e a ligação de energia eléctrica feita, bem como a reactivação dos serviços prestados pela empresa fornecedora de gás e pela empresa responsável pela manutenção do elevador.
A autarquia suporta as despesas relacionadas com o transporte dos bens pessoais e também procederá à colocação de lâmpadas e iluminação nas partes comuns do prédio.
O executivo camarário presidido por Miguel Costa Gomes já estava a apoiar as famílias desalojadas, em resultado da atribuição de um subsídio mensal para fazer face ao pagamento das rendas das casas provisórias dos moradores, num encargo mensal de perto de seis mil euros. Até Dezembro de 2010, foi o Instituto da Segurança Social (ISS) a suportar os custos do realojamento das famílias.