A iniciativa, inédita a nível nacional, tem a virtualidade de ser intermunicipal, permitindo rentabilizar recursos e sinergias importantes para os técnicos especializados e responsáveis que diariamente trabalham nesta área.Por outro lado, realiza-se num momento em que está em preparação um novo quadro legislativo que suporta a política de proteção de crianças e jovens, bem como o funcionamento das Comissões.
A sessão de abertura deste primeiro Congresso Intermunicipal realizou-se no dia 2 e contou com a presença de Armando Leandro, Presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), de Marta Sambento, adjunta da Ministra da Justiça, dos presidentes das câmaras municipais de Barcelos, Esposende e Vila Nova de Famalicão, Miguel Costa Gomes, Benjamim Pereira e Paulo Cunha, respetivamente, entre outros autarcas, técnicos e público.
Na sua intervenção, o Presidente da CNPCJR felicitou a organização pelo caráter abrangente e inovador do Congresso e pela “participação virtuosa dos municípios”, sublinhando a importância do municipalismo e do envolvimento das comunidades na defesa das crianças e dos jovens. A “identidade local é muito importante porque é generosa e aberta” aos afetos e às necessidades, disse Armando Leandro.A participação dos municípios e das Comissões de Proteção, nos moldes deste Congresso, configura um novo “paradigma de cooperação”, disse ainda o responsável da CNPCJR, capaz de projetar um “presente e um futuro melhor” para as crianças e jovens.
O Presidente da Câmara Municipal de Barcelos também felicitou a organização conjunta deste Congresso e o propósito de refletir e partilhar experiências numa área tão importante como a defesa das crianças e jovens, afirmando que a participação dos municípios nesta ou noutras iniciativas é uma decorrência natural da proximidade entre os autarcas e as autarquias e a proximidade destas às populações.
“O poder local quer fazer parte das soluções” exigidas a cada momento pelas comunidades, como é exemplo papel que desenvolve junto das Comissões de Proteção e a realização deste tipo de iniciativas, disse ainda Miguel Costa Gomes, que sublinhou a necessidade de “atacar os problemas” que afetam os jovens e as crianças.
Durante dois dias, o Congresso apresenta diversas conferências, mesas redondas, debates, workshops, que mobilizam dezenas de especialistas de diferentes áreas.