O Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e o executivo municipal marcaram presença na cerimónia da transladação dos restos mortais do antigo bispo do Porto, D. António Barroso, da Capela Jazigo para a Igreja Paroquial de Remelhe.
As exéquias fúnebres foram presididas pelo arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, acompanhado pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda, e contou com a presença de centenas de pessoas.
A transladação para a igreja paroquial é considerada por todos um novo impulso para a causa da canonização de D. António Barroso.
Em 2018, nas Comemorações do Dia da Cidade dedicadas ao Centenário da Morte de D. António Barroso, o Presidente da Câmara elogiou a sua vida e obra afirmando que “o Município de Barcelos orgulha-se deste ilustre cidadão e partilha com os barcelenses e, em particular, com todos os que trabalham na causa da canonização de D. António Barroso, o desejo de reconhecimento da sua ação e do exemplo de determinação e convicção que caracterizam a sua vida”.
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António José de Sousa Barroso nasceu em Remelhe, a 5 de novembro de 1854, e faleceu no Porto, em 31 de agosto de 1918.
Barcelos erigiu-lhe, por subscrição pública, um monumento, em frente ao edifico dos Paços do Concelho.
D. António Barroso, no momento do seu falecimento, era Bispo do Porto, cargo do qual tomou posse, em 24 de junho de 1899, tendo enfrentado, com frontalidade, a perseguição de que foi alvo durante a Primeira República. Para trás tinha ficado uma vida de missionário e missiólogo, primeiro no Congo (1880-1888) e depois em Himéria (1891-1895), em Moçambique e Meliapor (1898), na Índia.
A sua fama de santidade, fez com que o Vaticano, em reunião do Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos, de 16 de maio de 2017, reconhecesse as suas Virtudes Heróicas, depois do seu processo de beatificação e canonização se ter iniciado em 1992.