O Moinho de Banho, situado em frente às Ruínas do Mosteiro de Banho, em Vila Cova, vai ser doado ao Município de Barcelos pelo seu proprietário.
Trata-se de uma construção de finais do século XVII e era movido pelo regadio vindo do lugar de Samo e que abastecia o antigo Mosteiro, extinto no século XV.
Com a construção, em 1995, da nova estrada que liga o centro de Vila Cova à EN 103-1 (Barcelos/Esposende), o logradouro ficou separado do moinho, quando este já se encontrava em ruína.
Dois anos depois, o atual proprietário adquiriu o moinho, com o ojetivo de evitar a sua derrocada e proceder ao seu restauro, integrando-o no conjunto patrimonial do Mosteiro. Para voltar a ter as funcionalidades de outrora, era necessário que água voltasse a passar no regadio secular vindo do lugar de Samo, o que foi possível no âmbito do projeto de recuperação levado a cabo pela Junta de Agricultores.
Quanto ao logradouro é contíguo ao terreno onde se situam as ruínas do Mosteiro de Banho e integram a doação que o atual proprietário, Mário Vale Lima, pretende fazer ao Município, no sentido de alargar a arqueológica das ruínas do Mosteiro.
Na visita que o Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa Gomes, fez ao local, Mário Vale Lima diz que a doação ao Município de tão importante património “é a forma mais transparente que encontrei para ajudar estas pessoas e salvar o moinho”. E, referindo-se também aos projetos de recuperação dos regadios. Mário Vale Lima agradeceu ao Presidente da Câmara Municipal “a presença e interesse neste que é um dia e uma empreitada muito importante para nós, cidadão que nos envolvemos diretamente nesta causa que é a recuperação e preservação” de um património secular
Miguel Costa Gome agradeceu a doação ao Município como um gesto de cidadania de Mário Vale Lima, destacando a “a paixão que põe nas coisas”. E acrescentou que é importante olhar “de forma diferente para estes espaços”, inspirados na “perseverança e insistência” que o proprietário pôs nesta causa. “É dever cívico preservar [este] património que não é de Vila Cova, é partilhado, é de todos, é um bem público”, rematou o Presidente da Câmara Municipal.
Neste momento está a ser desenvolvido o processo de formalização da doação, que inclui a aprovação da doação em reunião de Câmara