Na sua intervenção, o Presidente da Câmara Municipal começou por dizer que “quem não tem memória, não tem futuro. O que estamos aqui a fazer é resguardar, preservar a memória das ruínas de Faria e todo o património arqueológico que está associado”. Miguel Costa Gomes sublinhou que “esta Casa da Memória vem de uma forma afirmativa e clara dizer, não só à União de Freguesias, mas ao concelho, a todos, que preservando esta memória, asseguramos o nosso presente e o nosso futuro. E é este património que iremos deixar aos nossos filhos, aos nossos netos e assim sucessivamente.”
Por sua vez o Presidente da Junta da União de Freguesias de Milhazes, Vilar de Figos e Faria, José Luís Arantes, disse que “é com elevada satisfação que hoje assisto à inauguração da Casa da Memória da Terra de Faria, projeto este inovador para a União de Freguesias, e particularmente para a preservação da história das nossas terras. Hoje encontramos aqui um exemplo de descentralização e de confiança nas pessoas e no associativismo como garantia do saber fazer e do bem fazer que muito nos deve orgulhar”.
O Presidente do Grupo Alcaides de Faria, Manuel Luís Lomba, deu a conhecer a história do Castelo de Faria, dizendo que “a origem da nacionalidade está aqui”, pois o Rei D. Afonso Henriques terá “furtado os castelos do Neiva e de Faria para fazer guerra à mãe”.
Descerrada a placa e findos os discursos, foram inauguradas as duas exposição que constam na Casa da Memória: uma retrospetiva do primitivo Grupo Alcaides de Faria, da sua atividade e seu legado, e uma exposição de Arqueologia sobre o Castelo de Faria na Idade Média. Esta última numa vertente pedagógica, mais direcionada para crianças e jovens, de forma a permitir uma interpretação para todos os públicos.
A Casa da Memória é um espaço do Património do povo que habita à volta do Monte da Franqueira, e que pretende a valorização dos saberes tradicionais, da salvaguarda e o reforço da identidade e da memória da terra, fonte de coesão e de desenvolvimento social. Tem como propósito ser um espaço de interpretação das Ruínas do Castelo de Faria e da Estação Arqueológica subjacente, sendo repositório do espólio arqueológico recuperado nas campanhas arqueológicas ali realizadas.
No fim, o Presidente da Câmara Municipal e demais executivo municipal, bem como o da União de Freguesias visitaram a mostra das associações da terra.