Exposições dedicadas ao trabalho de olaria da família Ramalho inauguram no próximo dia 9 de abril, às 18h30, no Museu de Olaria, em Barcelos. “Geração Ramalho”, patente até ao final do ano na Sala de Exposições Temporárias, reúne os trabalhos mais representativos de cada protagonista dos Ramalhos, inclusive Rosa Ramalho. A neta e discípula de Rosa Ramalho apresenta na Sala da Capela do Museu da Olaria a exposição “Júlia Ramalho 60/70”, uma mostra comemorativa dos 60 anos de carreira e 70 de idade da barrista, que estará patente até ao dia 3 de Julho.
Mais de um século após o nascimento de Rosa Ramalho, matriarca da geração, exibe-se uma seleção dos trabalhos mais representativos de cada um dos protagonistas da família de oleiros. Traçar a história de uma linguagem familiar e compreender diferenças e aproximações entre obras e artistas é o objetivo desta iniciativa marcando o início de um ciclo dedicado às famílias mais carismáticas do figurado de Barcelos.
“Geração Ramalho” é o título da exposição a inaugurar no próximo dia 9 de de Abril, e que estará patente até 31 de Dezembro, na Sala de de Exposições Temporárias do Museu de Olaria. Esta mostra marca o início de um ciclo dedicado às famílias mais carismáticas do figurado de Barcelos.
A neta e discípula de Rosa Ramalho apresenta na Sala da Capela do Museu da Olaria a exposição “Júlia Ramalho 60/70”, uma mostra comemorativa dos 60 anos de carreira e 70 de idade da barrista, que estará patente até ao dia 3 de Julho.
O figurado é uma arte popular de dimensão simbólica que exorciza mitos, lendas e medos mas fortemente ancorada nos símbolos do tradicionalismo religioso, evocando assim para uma constante tensão entre o divino e o mundano. A família Ramalho, mas também tantos outros homens e mulheres incógnitos a quem a História não reconheceu, contribuiu de forma indelével para a construção da identidade da olaria local e nacional e, subsequentemente, fixou-se no imaginário e na memória coletiva do povo português.
Informação adicional:
Ernesto de Sousa, crítico de arte e um dos principais divulgadores do trabalho de Rosa Ramalho no meio ‘culto’, reconhecia na arte popular (e no figurado) um começo do homem, um regresso à origem, onde o criador (artista) é alheio a todo e qualquer cânone ou formalismo e, portanto, dotado de um olhar ingénuo e livre. Para Ernesto de Sousa “o figurado posiciona-se nas fronteiras entre a arte popular e a arte erudita, entre sagrado e profano, entre tradição e vanguarda, entre o real e o imaginário”.