Inserido nas comemorações das Jornadas Europeias do Património, ao fim de trinta anos de inatividade, o engenho da Casa da Azenha volta a funcionar.
Com o engenho recuperado vai ser possível fazer demonstração de como ao longo dos séculos e de uma forma pré-industrial se procedia à moagem dos cereais, nesta região, essencialmente do milho e do centeio.
Para isso, vão ser dinamizadas visitas para grupos escolares e grupos organizados em que os visitantes poderão observar o sistema em funcionamento e verificar o modo de produção da farinha. Na sala do 1º andar, onde funciona o Help Point para os peregrinos que viajam até Santiago, decorre uma pequena mostra sobre os diversos tipos de engenhos hidráulicos existentes no rio Cávado.
Informação adicional
A Casa da Azenha foi construída em 1892, por António José da Silva, e o edifício estava dividido em três espaços distintos.
O piso superior servia de habitação a duas famílias, estando a parte voltada à ponte, com acesso direto ao rio, destinada ao moleiro. O moageiro trabalhava no piso intermédio e, como tal, era aqui que estavam instaladas as moendas e o mecanismo que permitia fazer a moagem. Era também aqui que se armazenavam o grão e as farinhas. No piso inferior funcionava o engenho, que transmitia o movimento da roda exterior às moendas do piso intermédio.
Este imóvel foi adquirido pela Câmara Municipal de Barcelos em agosto de 1993.
Fechada há mais de 30 anos, abre ao público em 2015 revigorada e com outro objetivo. No piso superior, funciona um help point para acolhimento e apoio aos milhares de peregrinos que todos os anos cruzam o concelho, oriundos do Caminho de Santiago, também provindos de Santiago e, outros, com destino a Fátima. No piso inferior representa-se o ciclo do pão, uma homenagem válida aos nossos predecessores que contribuíram para o desenvolvimento da atividade da moagem com vista ao fabrico do pão.