Instalado na Rua Dr. Manuel Pais, o memorial é uma iniciativa da Delegação de Barcelos da Associação Portuguesa de Veteranos de Guerra (APVG), que contou com o apoio da Câmara Municipal e das juntas de freguesia.
O monumento evoca os 81 militares barcelenses que morreram em Angola, Guiné e Moçambique no período da Guerra Colonial, contendo o nome de todos eles e a respetiva freguesia de origem. Na base do monumento, 81 elementos em ferro, assinalam as balas que os mataram. Recorde-se que, naquele período, o concelho de Barcelos mobilizou cerca de 9.000 militares para a Guerra Colonial, sendo um dos que mais contribuiu com homens para este conflito.
Na cerimónia de inauguração, Miguel Costa Gomes começou por dizer que a guerra “é a desinteligência do homem”, mas que a memória dos que defenderam a pátria não pode ser esquecida. Por isso, o Município se associou a esta justa homenagem.“Sei as dificuldades por que passam os veteranos”, disse ainda Miguel Costa Gomes que sublinhou a obrigação da pátria corresponder aos que a defenderam. “É preciso ter esta consciência e esta responsabilidade” para com aqueles que perderam a vida ou que, de algum modo, foram afetados pela Guerra Colonial.
O Presidente da Câmara terminou a sua intervenção disponibilizando o apoio do Município para continuar a ajudar os antigos combatentes e a sua associação.Augusto Freitas, Presidente da Direção da APVG elogiou o esforço da Delegação de Barcelos e agradeceu o apoio do Município nesta e em outras iniciativas desenvolvidas pela Associação. Voltou a lembrar a necessidade do Estado apoiar os cerca de 150 mil militares que estiveram envolvidos na Guerra Colonial e de lhes reconhecer os seus direitos.
O responsável pela Delegação de Barcelos da APVG, Gabriel Gonçalves, agradeceu o apoio do Município e das juntas de freguesia na concretização deste monumento aos militares falecidos, reclamando a atenção do poder central para as necessidades dos ex-combatentes.
Interveio ainda o Presidente da União de Freguesias de Barcelos, Vila Boa, Vila Frescainha S. Martinho e Vila Frescainha S. Pedro, José Teixeira, e o padre José Novais que elogiaram o memorial e o destacaram o respeito merecido aos militares.
A cerimónia inclui, a abrir, o hastear das bandeiras com o respetivo toque militar e, no final, a deposição de uma coroa de flores junto ao monumento.