No âmbito da consulta do estudo de impacto ambiental da construção de uma linha elétrica de 400 KV desde Fontefria, na Galiza, Espanha, até à fronteira portuguesa, com o seu prolongamento à rede elétrica nacional, a Câmara de Barcelos reuniu, hoje, em sessão extraordinária, tendo aprovado, por unanimidade, uma moção de “rejeição absoluta” do traçado proposto, moção que seguirá para a Agência Portuguesa do Ambiente.
Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, garantiu que o Município “usará todos os meios ao seu alcance”, nomeadamente os judiciais, para travar o traçado previsto para a passagem no concelho da linha elétrica de alta tensão.
Barcelos, de todos os concelhos atravessados pela linha, seria um dos mais fustigados, visto que o traçado previsto atingiria de forma direta 19 freguesias e uniões de freguesias (um terço do total de freguesias do concelho).
Miguel Costa Gomes referiu ainda que os impactos ambientais, económicos, patrimoniais, paisagísticos e sobre a saúde pública seriam violentíssimos.
O autarca sublinhou também que a Câmara, além de se preparar para contestar judicial e extrajudicialmente a linha, concederá apoio jurídico e judiciário às freguesias que queiram igualmente travar aquele traçado.
Esta deliberação será submetida, agora, para à apreciação da Assembleias municipal de Barcelos e comunicada às Juntas e assembleias de Freguesia afetadas pelo traçado, aos Grupos Parlamentares da assembleia da Republica, ao Ex.mo Senhor Ministro do ambiente, à APA- Agência Portuguesa do Ambiente, à Empresa W.S. ATKINS e à REN- Rede Elétrica Nacional, a deliberação que recair sobre a presente Proposta