O edifício foi construído em 1895 como Escola Primária e foi oferecido por um filho da terra, Domingos Gomes Ferreira da Costa, que também financiou os primeiros anos de funcionamento daquele estabelecimento de ensino que assumiu uma grande importância no ensino primário da população da freguesia e localidades vizinhas.
Há muito que a Junta de Freguesia pretendia a recuperação do imóvel para nele instalar a sede da Freguesia, mas só agora concretizou esse sonho antigo.
“A sede não teria sido possível sem o apoio integral da Câmara Municipal”, disse José Monteiro, Presidente da Junta de Freguesia, no seu discurso perante a população de Remelhe. Com a sala cheia, muitas pessoas tiveram de acompanhar os discursos pelos diversos espaços da nova sede, sem deixar, contudo de aplaudir entusiasticamente o Presidente da Junta e o Presidente da Câmara.
O apoio prestado pelo atual executivo municipal “prova a importância que esta Câmara atribui às Freguesias”. Dirigindo-se ao Presidente da Câmara, José Monteiro disse que esta marca é “apanágio” da presidência de Miguel Costa Gomes.
O autarca de Remelhe homenageou também o benemérito desta escola, que “teve a visão de promover um equipamento de tão grande alcance” social.
Esta sede, disse ainda, será a sede “de Remelhe e de todos os remelhenses”, para que toda a população a sinta como sua, pois ainda hoje se refere ao edifício como a “escola velha”.
O Presidente da Câmara começou por dizer que “acabou o calvário para os remelhenses”. Referindo-se às dificuldades surgidas com a construção da sede, Miguel Costa Gomes lembrou que quando o atual executivo municipal “chegou à Câmara, este foi um dos problemas que encontrámos”. Contudo, o diálogo com o anterior adjudicatário e a resolução de todas as questões processuais permitiram a construção deste novo equipamento, apesar das fortes limitações financeiros impostas pela Lei dos Compromissos.
O Presidente da Câmara lamentou a impossibilidade de realizar na nova sede as eleições de 29 de setembro, devido a uma ação judicial interposta por alguns movimentos político-partidários que alegam falta de condições – apesar de ali já terem decorrido atos eleitorais – e citou Francisco Sá Carneiro: “A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”.