Entre as obras destacam-se aguarelas, expressão da própria personalidade de Irmã Gabriela, como também Carlos Basto: “Ela própria é uma aguarela vida na sua delicadeza, na sua transparência e na sua harmonia”. E, referindo-se à formação religiosa da autora, acrescenta: “É certo: reza com os pincéis e com a cor da sua Alma, reza com a sua arte. É a sua maneira de rezar…”
A pintora exalta a natureza como incontornável na paisagem física e humana. Uma natureza que diz algo aos homens, mas que também diz algo acerca deles, numa evocação de lugares e de paisagens, mas também de memórias, de rostos e de tempos.
Irmã Gabriela nasceu em 1926, na cidade da Beira, radicando-se, ainda em criança, em Lisboa. Voltada desde muito cedo para a arte, obtém o primeiro galardão aos 15 anos de idade. Em 1946 entre na Congregação das Irmãs Doroteias, mantendo a sua vocação de artista e aprofundando a sua formação.
Expôs pela primeira vez em 1966, em Lisboa, tendo depois apresentado os seus trabalhos em inúmeras exposições individuais e coletivas.