A iniciativa, que decorreu no Dia Internacional de Luta Contra as Drogas, incluiu a realização de quatro painéis dedicados ao tema que contaram com a presença de vários especialistas. O primeiro painel abordou “O novo paradigma do tratamento” e contou com as intervenções de Luís Patrício e Torres Freixo; o segundo “Da explicação à integração”, teve como intervenientes Rui Abrunhosa, Miguel Riçou, Rui Teixeira e o testemunho de Patrícia Gomes e Paulo Silva; o terceiro painel, “Um olhar sobre a integração”, contou com Jorge Topa, Jorge Barbosa, João Sá e o testemunho de Fernando Monteiro e António Gomes; o quarto painel consistiu num workshop, “Aprender a prevenir”, e teve a participação de Luís Patrício.
Na abertura da sessão, a vereadora do Pelouro da Ação Social da Câmara Municipal de Barcelos saudou os organizadores do evento por trazerem “à reflexão, temáticas tão atuais e tão importantes do ponto de vista social e humano”. No concelho de Barcelos, disse Ana Maria Silva, “a problemática das toxicodependências assume uma dimensão relevante onde diferentes tipos de consumo, em idades cada vez mais precoces, vão dando forma a um cenário preocupante, o que justifica a existência de protocolos com os parceiros da rede social, nas diferentes tipologias, no âmbito do programa de financiamento PORI”. No entanto, a vereadora manifestou a sua apreensão quanto à continuidade destes projetos no âmbito das “novas orientações políticas”.
Segundo Ana Maria Silva, “o Município tem definido no seu Plano de Desenvolvimento Social e de Saúde até 2015 linhas estratégicas orientadoras, cujas prioridades apontam para estilos de vida mais saudáveis e comportamentos que garantam uma maior e melhor qualidade de vida, nomeadamente ao nível da prevenção e da sensibilização da população para os comportamentos de risco”. Para isso, implementou “diversas parcerias com instituições e parceiros da rede social local”, com o objetivo de “atuar ao nível da proximidade, mais concretamente das situações que possam ser resolvidas, rastreadas e tratadas junto dos munícipes, com menos ónus nas distâncias, e nos custos que acarretam, bem como na minimização do sofrimento humano que está subjacente a estas situações”.
Os constrangimentos financeiros atuais “condicionam sem duvida o apoio (do Município) a muitas das atividades e projetos que pela sua pertinência e oportunidade estão nas nossas prioridades de intervenção”, mas isso não representa diminuição da “capacidade criativa para promover e dinamizar ações, estimular os parceiros a desenvolver atividades conducentes à adoção de estilos de vida mais saudáveis”, disse ainda a vereadora.