O primeiro protocolo envolve o Conselho Económico Paroquial de Panque e a Junta de Freguesia de Panque e tem como objetivo a salvaguarda da necrópole da extinta freguesia de Mondim. O Conselho Económico é proprietário da Capela de S. Martinho, antiga igreja paroquial de Mondim, e dos terrenos onde se situa a necrópole – sítio arqueológico constituído pelo antigo espaço cemiterial e pelos sarcófagos pertencentes à igreja da paróquia.
A necrópole constitui-se por um conjunto de sepulturas e vestígios de sepulturas datadas desde o século XI até ao século XIV, as quais foram alvo de intervenções arqueológicas entre 1988 e 1992, hoje em risco de degradação total.
O Município de Barcelos estabeleceu também um protocolo com a Freguesia de Balugães, com vista à criação de Núcleo Museológico de Arqueologia de Balugães. A Freguesia é um território particularmente denso no que toca à arqueologia, distinguindo-se uma dezena de sítios arqueológicos de diferentes épocas, deste a Pré-História até à Idade Média, passado pela Idade do Ferro e a Romanização, de onde se foi recolhendo espólio cerêmico, metálico e pétreo ao longo dos anos, fruto de achados isolados e ocasionais ou da investigação arqueológica dos respetivos sítios, espólio esse disperso por um conjunto de instituições.
O Núcleo Museológico ficará instalado na sede da Junta de Freguesia. A autarquia vai adaptar o espaço existente, através de uma estrutura física onde se aporá o programa museológico definido pela Divisão de Cultura e Museus do Município de Barcelos. A Freguesia assegura a abertura do espaço ao público, a manutenção e a vigilância dos materiais ali expostos e depositados.
A Câmara Municipal vai elaborar o projeto de musealização e de adaptação do espaço disponibilizado pela Junta, assegurar as despesas de desenho, produção e instalação dos materiais da exposição museológica e apoiar tecnicamente o Núcleo.