A Conferência abriu com o Conservatório de Música de Barcelos, numa atuação do grupo de pequenos cantores.
A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Barcelos, Elisa Braga, fez as honras da sessão, dizendo que esta conferência versa sobre o tema dos Caminhos de Santiago e de como estes “se cruzam com os 500 Anos do Foral Manuelino”.
Por sua vez, o historiador Joel Cleto apresentou o conferencista, D. Carro Otero, representante da arqui-confraria de Santiago de Compostela, lembrando a importância de Barcelos no contexto da atribuição de forais por D. Manuel I e definindo Barcelos como o “Museu vivo do Caminho português de Santiago.”
D. Carro Otero fez saber que a peregrinação jacobeia “no início do século XII era já um fenómeno pan-europeu” e parafraseando Goethe disse que “a Europa vertebrou-se no Caminho de Santiago”. Ao longo da conferência, procedeu a uma análise de diversos acontecimentos ocorridos no séc. XVI, ao longo do “Caminho Português” rumo a Santiago, explicando o famoso milagre do enforcado e fazendo referência à peregrinação jacobeia do Rei D. Manuel I, em 1502, momento em que o monarca doou um candeeiro de prata à Catedral de Santiago, que terá sido roubado pelos franceses durante as Invasões.
Foram ainda partilhadas algumas histórias escritas por peregrinos, relatando as suas aventuras e desventuras.
A Conferência terminou com uma animada dramatização levada a cabo pela Companhia de Teatro de Barcelos – A Capoeira.