No                               final da reunião, o Presidente da Câmara                               Municipal de Barcelos                               referiu que o Município “tem de cumprir as                               regras orçamentais                               e, apesar de não existir Orçamento de                               Estado (OE) para 2016, o                               executivo municipal não está isento do                               cumprimento da lei que                               determina que o orçamento municipal seja                               apresentado até ao último                               dia do mês de outubro”.
A Câmara de                         Barcelos, contrariamente aos resultados do país,                         tem vindo a trilhar                         um caminho de equilíbrio financeiro e                         sustentado, reconhecido por                         todos. Segundo o Anuário Financeiro das                         Autarquias Locais relativo a                         2014, Barcelos foi o único município de grande                         dimensão do                         distrito de Braga a obter a melhor eficiência                         financeira em 2014,                         integrando assim o grupo dos dez mais eficientes                         do país e                         ascendendo para a oitava posição no ranking                         nacional.
O Anuário vem                         assim confirmar que o Município de Barcelos está                         no bom caminho em                         termos de gestão de recursos financeiros, numa                         lógica de execução                         orçamental assente no ajustamento da receita,                         mas, ao mesmo tempo,                         sem asfixiar o desenvolvimento do concelho, em                         tempos de dificuldades                         para famílias e empresas. Um rigor e estratégia                         que se manterá e                         que é, novamente, explanada no documento                         fundamental e estratégico                         que define toda a gestão municipal, as Grandes                         Opções do Plano e                         Orçamento para 2016, e que irá agora a                         Assembleia Municipal.
 No que diz                         respeito às Grandes Opções do Plano e Orçamento                         para 2016, não                         obstante as limitações orçamentais numa                         conjuntura particularmente                         difícil, o Município continuará a cumprir todos                         os critérios de                         redução da dívida municipal, ficando aquém dos                         seus limites,                         mantendo a linha de atuação desenvolvida desde                         2010 que permitiu                         uma redução de dívida. Desde logo, estabelece                         que todas as taxas a                         inscrever serão sempre efetuadas pela média das                         receitas cobradas                         nos últimos 24 meses, bem como as receitas                         provenientes da venda de                         bens de investimento não poderem ultrapassar a                         média da venda                         desses bens nos últimos 36 meses.
 Em 2016, o                         Município terá de continuar a contribuir para o                         Fundo de Apoio                         Municipal, numa comparticipação financeira de                         cerca de 375 mil                         euros, num total de 2,6 milhões de euros                         repartidos em 7 anos.
 Apesar de, à                         partida, se manter a taxa do IVA na restauração                         e no consumo de                         energia nos 23% (com incidência nas refeições                         escolares), o                         Município defenderá um prazo médio de pagamento                         inferior a 30 dias                         – que já cumpre – e gerirá os seus recursos numa                         perspetiva de                         responsabilidade e de solidariedade.
 Esta atitude                         tem tido resultados particularmente positivos,                         por um lado não                         comprometendo o investimento, e, por outro,                         estando atento às                         desigualdades sociais e defendendo os mais                         desfavorecidos.
  
  Estrutura                         do Orçamento
 A dotação                       orçamental para 2016                       será de 60,8 M€ de receita e do mesmo valor na                       despesa. Há um                       acréscimo de cerca de 4 milhões de euros                       relativamente a 2015, que                       resulta do previsível financiamento de projetos no                       âmbito do novo                       quadro de financiamento europeu “Portugal 2020”. 
 As receitas                       correntes mantêm-se                       praticamente inalteradas e a despesa corrente será                       cerca de 36.3                       milhões de euros; a despesa de capital será de                       cerca de 24.5                       milhões de euros e uma poupança corrente de cerca                       de 13.7 milhões                       de euros. 
 Impostos diretos                         e indiretos
 Quanto aos impostos                       diretos, tem                       havido uma estabilização da sua cobrança desde                       2011. O Município                       vai praticar uma taxa de 0,35 do IMI nos prédios                       avaliados, (muito                       longe da taxa de 0,5 prevista na Lei) e conceder                       uma redução de 10,                       15 e 20% na taxa do IMI, às famílias com 1, 2 e 3                       filhos ou mais                       respetivamente; vai continuar a cobrar uma Derrama                       sobre o rendimento                       das pessoas coletivas (IRC) com preocupações de                       justiça e equidade                       fiscal numa avaliação de descriminação positiva,                       ou seja, isentar                       as empresas com um volume de negócios até 150 mil                       euros, e a                       cobrança de uma taxa reduzida de 1,2 para os                       rendimentos acima                       daquele valor; continuar a cumprir as metas do                       endividamento abaixo                       do seu limite com controlo do serviço de dívida de                       médio e longo                       prazo e particularmente a diminuição do prazo                       médio de pagamentos                       para menos de 30 dias; continuar a praticar as                       mesmas taxas cobradas                       pelo município desde 2010, quando a Lei prevê a                       sua atualização                       de acordo com inflação de cada ano; continuar a                       considerar as                       juntas de freguesia como parceiros na gestão                       municipal, transferindo                       o equivalente a 200% do FFF por transferência de                       competências                       através de protocolo a renovar, bem como                       comparticipar                       financeiramente outros projetos em diferentes                       áreas de intervenção                       e que se entendam necessários; continuar a isentar                       as esplanadas de                       ocupação da via pública, a cafés, bares,                       pastelarias e afins. 
 Assim, a elaboração                       deste                       Orçamento e das Grandes Opções do Plano para 2016                       não deixa de                       considerar os graves problemas do concelho, no                       contexto da crise que                       o país atravessa, mas com um grande sentido de                       responsabilidade na                       distribuição dos recursos financeiros disponíveis                       para acudir aos                       problemas crescentes que afetam o concelho,                       nomeadamente o                       desemprego, sendo por isso muito importante um                       olhar atento na área                       da ação social, da educação e na proximidade com                       os agentes de                       todas as atividades económicas.
 Nota: Todas                       as deliberações foram aprovadas por unanimidade à                       exceção do ponto 1 que foi aprovado por maioria.