As peças agora expostas encontram-se em depósito no Museu de Olaria desde 1998, na sequência do encerramento do Museu de Etnografia e História do Douro Litoral. Nessa altura, o Instituto Português de Museus solicitou ao Museu de Olaria que acolhesse a colecção de olaria aí existente, com o compromisso de esta ser conservada, estudada, publicada e exposta. Segundo Isabel Fernandes, em “As mais antigas coleções de olaria portuguesa”, são “coleções de quatro instituições portuenses – Museu Industrial e Comercial do Porto, Museu Municipal do Porto, Museu de Etnografia e História do Douro Litoral e Museu de Antropologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto” que, mais tarde, se reúnem no Museu de Etnografia e História do Douro-Litoral.
Estão expostas peças de Prado, Parada de Gatim, Barcelos e Guimarães (Braga); Bisalhães, Vilar de Nantes e Selhariz (Vila Real); Calvelhe, Pinela, Bragança, Bemposta, Mirandela e Felgar (Bragança); Gondar e Gôve (Porto); Fazamões (Viseu) – apesar de já pertencer à região centro foi aqui considerada, dada a proximidade tipológica e técnica dessa localidade com as de Gôve e Gondar.
A exposição é complementada por uma descrição dos tipos de louça, caracterização e respectivos métodos de produção. A maior parte das fotografias reproduzidas nesta exposição são da autoria de Santos Júnior e pertencem ao arquivo fotográfico da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo. Há também imagens de Rocha Peixoto.
Esta exposição resulta de uma parceria do Município de Barcelos (Museu de Olaria) com o Município de Vila Real (Museu de Arqueologia e Numismática de Vila Real) e o IMC (Museu de Alberto Sampaio). Estará patente 18 de março, iniciando depois itinerância pelos museus parceiros e outros que a possam vir a acolher.