O evento trouxe até Barcelos nomes relevantes no âmbito da Animação Sociocultural, como o homenageado pedagogo Marco Marchioni, personalidade profundamente empenhada na transformação do ser humano e do mundo, que recordou o facto de a Animação sociocultural resultar do trabalho com pessoas e de o futuro da animação passar pela capacidade de relacionar-se apesar das diferenças.
Do elevado número de comunicações apresentadas nos painéis realizados, bem como dos debates acontecidos na maioria das sessões do Congresso, emerge um conjunto significativo de conclusões. Verificou-se ser transversal a preocupação por adequar a formação e o papel do animador à complexidade da realidade atual e às necessidades específicas dessa realidade. Foi falada a necessidade de mudança de paradigma social, uma mudança impulsionada pelos princípios de atuação da Animação Sociocultural, através de uma colaboração criativa dos “cidadãos plurais” a partir das suas necessidades fazendo-os refletir sobre o que querem para estar melhor, idealizar o seu bem-estar comum e procurar soluções criativas para o atingir, criando movimentos em que todos possam colaborar. Abordou-se ainda a necessidade de se criar uma resistência perante as coisas que vivemos hoje, nomeadamente a crise social.
Houve ainda lugar para um momento de apresentação de experiências de Animadores socioculturais que contribuiu para uma profícua partilha de experiências e aprendizagens ao nível das metodologias e dos meios de intervenção.
Ainda no âmbito deste congresso foi constituída uma comissão para a criação da Rede Lusófona de Animação Sociocultural e Animadores Socioculturais.