Os barcelenses voltam, assim, a poder usufruir de um espaço único que constitui uma referência histórica e patrimonial da cidade, transformado num Centro de Interpretação que funcionará como pólo de promoção da identidade e da cultura de Barcelos.
“Marco estruturante que moldou a arquitetura da cidade ao longo dos séculos e elemento fundamental na construção da nossa memória coletiva, a Torre do Porta Nova volta a ser usufruída pelos barcelenses, depois de um processo de recuperação que vai contribuir positivamente para a regeneração urbana”, disse o Presidente da Câmara no discurso de inauguração que decorreu no Largo da Porta Nova perante muito público.
Miguel Costa Gomes explicou que “a requalificação teve de equacionar todo um conjunto de condicionantes”, derivadas da “complexidade técnica da obra” e das “alterações ao financiamento decorrentes da reprogramação, em 2011, dos fundos europeus”, mas que “não impediram a concretização de um objetivo fundamental: o usufruto total da Torre por parte dos barcelenses e de quem visita a nossa cidade”.
O projeto, disse ainda, está “orientado para as novas dinâmicas sociais e culturais que atribuem aos espaços patrimoniais um interesse turístico cada vez maior, congregando a monumentalidade da Torre com a dimensão e a grandiosidade de um outro ícone – o galo de Barcelos”.
Para o Presidente da Câmara, este é “um bom investimento do Município de Barcelos”, porque “define claramente uma estratégia política de desenvolvimento, reposiciona o concelho no contexto das estruturas culturais e turísticas da região, devolve aos barcelenses um dos símbolos maiores da sua cidade e da sua História e prova que o investimento municipal é compatível com uma gestão financeira rigorosa”.
São estas as obras “de que nos orgulhamos de nos orgulhamos e que temos a honra de oferecer aos barcelenses”, rematou o Presidente da Câmara.
A cerimónia de inauguração contou com a presença, entre outros, do diretor de Serviços dos Bens Culturais, em representação da Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN), Miguel Areosa Rodrigues, e de Carlos Duarte, da Comissão Executiva da CCDRN.
Este último felicitou o Município pela requalificação da Torre, referindo que o projeto, financiado pelo ON2, foi o primeiro a ser executado no âmbito do Quadrilátero Urbano.
Miguel Areosa Rodrigues destacou o apoio técnica da DRCN durante a obra e reafirmou a disponibilidade desta Direção Regional “para continuar a cooperar com a Câmara Municipal no âmbito da defesa do património cultural”.
A sessão ficou ainda marcada pela estreia do grupo Sons de Barros, composto por crianças e jovens da escola de música da Banda de Oliveira, que apresentou pela primeira vez em público o projeto de instrumentos em barro promovido pela Câmara Municipal de Barcelos, em parceria com a Banda Musical de Oliveira e com a ATAHCA (Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave).
Após o descerramento da lápide, o espaço da Torre foi aberto à população que pôde admirar a requalificação feita, apreciar os novos equipamentos de divulgação e de interação postos à disposição do público, situados nos diversos patamares, e admirar a paisagem a partir da cobertura e através dos binóculos aí instalados.
A Torre está aberta de segunda sexta feira, das 10h00 às 18h00, e aos sábados, domingos e feriados das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.
A entrada é livre, mas condicionada à lotação máxima de 30 pessoas.